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Capítulo 07 - O Bairro São João Clímaco

Capitulo 07 - O Bairro São João Clímaco

 

 

BREVE HISTÓRIA DO BAIRRO DE SÃO JOÃO CLÍMACO - CAPITAL - SÃO PAULO.

 

 

O Bairro de São João Clímaco fica situado na região sudeste na capital de São Paulo, Brasil.

Sua formação inicial foi concebida por volta do século XX. Seu nome é uma homenagem a São João Clímaco, um monge que viveu entre os séculos VI e VII, no Monte Sinai e escreveu a obra:

"A Escada” ( em grego: "Klímax" ).

- Pensamento de São João Clímaco, 580-650.

"Não se aprende a ver; é um efeito da natureza. A beleza da oração também não se aprende por meio do ensinamento. Ela tem em si própria o seu mestre: Deus ' que ensina ao homem o saber ' (SI 94:10) dá oração e abençoa os anos dos justos".

 

 

A REGIÃO  E SUAS ATIVIDADES 

 

Em meados do século XX, a região hoje conhecida por São João Clímaco era habitada por índios caiçaras, imigrantes de áreas litorâneas. Ao serem atacados, estes índios, originalmente denominados tupinambás, organizaram-se e formaram a "Confederação Tamuya", que a partir da antiga Língua Tupi, etimologicamente significa “os mais antigos; os primeiros; os verdadeiros donos da terra”.

Conforme a maioria dos bairros da cidade de São Paulo, São João Clímaco surgiu a partir da demarcação de fazendas, sítios e chácaras que, com o passar dos anos, foram loteados e vendidos.

A Agricultura e a Pecuária predominavam na região.

As Fazendas se destacavam com a criação de vacas, cabras, porcos e cavalos.

Nos anos seguintes a "Confederação Tamuya" ficou conhecida por "Confederação dos Tamoios" que foi homenageada por um Clube de Lazer, Cultura e Esporte de São Caetano do Sul que era o Clube Atlético Tamoyo, localizado no final da Rua São Paulo.

No começo da década de 1970, o então prefeito, Hermógenes Walter Braido, teve a ideia de fundir os clubes de São Caetano para diminuir a quantidade de agremiações existentes e possibilitar a construção de centros esportivos na cidade. Foi assim que, após fusão do Atlético Tamoyo e do São Bento, surgiu o Clube Recreativo Esportivo Tamoyo.

No ano de 1973, foi lançada a pedra fundamental na Rua São Paulo, 200 no Bairro Cerâmica.

Nos anos 1950 e 1960 no final da Rua São Paulo, existia uma Grande Lagoa que era conhecida por "Lagoa dos Parentes".

No início de 1970, uma grande parte do espaço dessa Lagoa, foi aterrado e, em seguida, construído um Clube de nome Tamoyo - Clube Atlético Tamoyo -  que, também, não existe mais.


Local : São Caetano do Sul divisa 
com o Bairro São João Clímaco, Capital, São Paulo, Brasil.

 

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Anos 1950 e 1960

Lagoa dos Parentes

09 de dezembro de 1958

 

Ao fundo a Fábrica Braido

 

Turma do Jardim Seckler do Bairro São João Clímaco nadando na Lagoa dos Parentes em São Caetano do Sul - SP  - Brasil

 Da E/D : O quinto é o Dirceu Merlo da Turma dos Grandões 

 

 

Clube Tamoyo 
São Caetano do Sul

 

 

 

A PARÓQUIA DE SÃO JOÃO CLÍMACO

 

 

 

 

 

 

 

 

BREVE HISTÓRIA

 

A Paróquia de São João Clímaco, na época, era conduzida pelo Padre Valter Júlio de Morais e depois pelo Padre Benno Hubert Stollenwerk.

A História da Paróquia e do Bairro de São João Clímaco está entrelaçada: a Paróquia tem sua origem na Capela dedicada devocionalmente ao Santo, já o Bairro cresceu ao redor desta Capela e levando consigo o nome do Padroeiro.

O nome de São João Clímaco partiu da homenagem prestada ao padroeiro da região: São João, um monge que viveu no Oriente Médio entre os séculos VI e VII (580-650), e ficou conhecido como São João Clímaco em virtude do livro que escreveu, A Escada, que em grego significa “Clímaco”. Neste livro, João descreveu as virtudes como degraus de uma escada que nos levaria ao céu.

Em fevereiro de 1892, o Bispo Diocesano de São Paulo, Dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, concedeu ao Dr. João Mendes licença para fundação da Capela de São João Clímaco, situada no alto do Morro Vermelho – hoje Largo de São João Clímaco -, divisa entre as Paróquias de São Joaquim, no Cambuci e a Matriz, em São Bernardo do Campo. A família Mendes cuidou da Capela ao longo de dezessete anos – entre 1892 e 1909 –, quando em 28 de julho do último ano transferiu propriedade ao Sr. Francisco Seckler, tutor da Capela por quarenta e dois anos – entre 1909 e 1951 –, momento em que doou parte da chácara da família Seckler, incluindo a agora Paróquia de São João Clímaco – com área de 2.000 m² –, para a Cúria Diocesana de São Paulo 

A História da Paróquia e do Bairro de São João Clímaco, têm origem no dia 30 de Março de 1856 em São Paulo, com o nascimento do Dr. João Mendes de Almeida Júnior. Ele recebeu na Pia Batismal o nome de João, Santo do dia do seu nascimento, por causa do carinho e devoção da família para com São João Clímaco, Santo padroeiro da vida espiritual. Desde pequeno ouvia a mãe falar deste Santo. Cresceu embalado pelo amor a São João Clímaco.

No Prólogo do livro “A Escada do Céu”, escrito por São João Clímaco e traduzido do espanhol para o português pelo Dr. João Mendes de Almeida Júnior, ele nos informa que seu pai o incentivou a construir uma capela dedicada a São João Clímaco na chácara que possuía perto de São Bernardo, em São Paulo.

Aos 10 de Fevereiro de 1892, o Bispo Diocesano de São Paulo, Dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, atendendo petição do Dr. João Mendes e de Francisco Caropreso, concedeu-lhes licença para ereção e fundação de uma Capela sob a invocação de São João Clímaco, no antigo sítio do ‘Cercado Grande’, então Bairro dos Meninos. Esta foi à célula mater. da Paróquia. A bênção do local foi dada pelo Padre Jesuíta César de Angelis, estando presente à cerimônia o Dr. João Mendes de Almeida Júnior (membro da Ordem Terceira de São Francisco) e seu pai Dr. João Mendes de Almeida.

Assim nasce a Capela e a futura Paróquia de São João Clímaco.

Padre César de Angelis deu início à vida da comunidade, a qual acompanhou por algum tempo.

Em 6 de Março de 1896, Dom Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcante, atendendo novamente pedido do Dr. João Mendes de Almeida Júnior, concedeu licença para a celebração do santo sacrifício da Missa, pelo período de 5 anos, na Capela de São João Clímaco, situada no espigão do Morro Vermelho, na divisa entre as Paróquias de São Joaquim (Cambuci) e São Bernardo.

João Mendes cuidou da Capela durante 17 anos, desde 1892 a 1909. Francisco Seckler zelou pela Capela durante 42 anos, desde 1909 até 1951, quando fez a doação do terreno, com a Capela, para a Cúria Diocesana de São Paulo, em 1951.

No dia 28 de Julho de 1909, a pequena Capela passou à propriedade do Sr. Francisco Seckler, que a partir de um documento feito à Paróquia de São João Batista do Brás, obteve em 26 de Julho de 1910, Provisão Anual para celebração do santo sacrifício da Missa nesta Capela. Próxima a São Caetano do Sul, a área do terreno comprado da família Mendes de Almeida, passou a ser chácara da família Seckler, que zelou pelas diversas benfeitorias, entre as quais a Capela que ocupava uma área de 2.000 m².

"Exmo. Sr. Dr. Vigário Geral"

Livro 52, folha 319:

Francisco Seckler vem humilde e respeitosamente pedir à Vossa Revma., se digne conceder licença para que, por espaço de um ano, possa celebrar-se o Santo Sacrifício da Missa na Capela de São João Clímaco, situada numa chácara de sua propriedade em São Caetano, Paróquia do Brás.

Tenho informações fidedignas de que esta Capela está em condições de ser provisionada.

E.R.M.( Então Receberá Mercê).

Igreja do Brás, 25 de julho de 1918.

“Vigário: Cônego Hygino de Campos”

De acordo com os registros, o terreno fazia frente com a Estrada das Lágrimas (Antiga Estrada Velha de Santos) e esquina com a travessa Dr. João Mendes de Almeida Júnior, no Bairro de São João Clímaco.

A Capela foi elevada á categoria de Paróquia, conservando o orago de São João Clímaco, por decreto de 29 de Junho de 1953 do Cardeal Arcebispo Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, sendo instalado aos nove dias do mês de outubro do ano de mil novecentos e cinquenta e cinco, com a posse do primeiro vigário, Padre Valter Júlio de Morais, da Congregação dos Missionários do Espírito Santo. No ano de 1952, o Padre Valter iniciou os estudos para a construção de futura Igreja. Porém grave doença começa a dificultar seu serviço, e este necessita receber apoio, cada vez maior, de um seu colega de Congregação, o Padre Benno Hubert Stollenwerk.

Passaram pela Paróquia em 1892, o Padre Jesuíta, César de Angelis; em 1953, o Padre Valter Julio de Morais da Congregação de Missionários do Espírito Santo; em 1961, o Padre Espiritano; Benno Hubert Stollenwerk.

 

 

A CASA DO PADRE VALTER

 

A Casa do Padre Valter em 1955 - Ano em que o Padre Valter se iniciou na Paróquia São João Clímaco como Primeiro Vigário - era um antigo Casarão com um salão espaçoso onde residia o Coronel Seckler e Sua Família e que, posteriormente, veio a ser utilizado pelo Clube de Futebol A.A.R.Floresta - Associação Atlética Recreativa Floresta na atual Rua Luiz Abbondanza. 

Na época do Padre Valter, o acesso entre a Capela e a sua moradia era um caminho de chão batido delineado entre pés de eucaliptos. 

 

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UMA FOTO MARAVILHOSA

 

UMA RARIDADE

 

 

O registro do momento do Sacramento do Matrimônio, a Comunhão de Vida, Celebrado pelo Saudoso Padre Valter em 1955, oficializando a Cerimonia do Casal Antonia Marim Cassiano e Nelson Vieira Cassiano na Paróquia de São João Clímaco em 1955.

 

 

1955


Foto enviada gentilmente pela Senhora Meire da Família Cassiano, através da Laise Pompei que é assídua colaboradora e divulgadora deste Livro.

 

 

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AS OLARIAS

 

Bairro São João Clímaco e Imediações

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

 

AS OLARIAS

 

Entre as Ruas, Cosme de Souza e Rua Antonio de Lotufo existia uma OLARIA muito antiga. No ano de 1955, durante as escavações para as construções de casas das pessoas que adquiriram os lotes, foram observados vários indícios da existência da antiga olaria.

Mas,  vale ressaltar,  a existencia de várias Olarias na Região e nas Imediações que garantiam empregos aos moradores locais.

Os tijolos ali produzidos eram referência em qualidade e contavam com dois tipos específicos: O Primeiro, elaborado a partir do barro branco – argila amplamente arenosa, branca, com alguns laivos vermelhos, de consistência gomosa – O  Segundo, elaborado a partir do barro preto - silto argiloso de cor parda, micro-vacular, amplamente denso.

 

 

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LIMPEZA URBANA NOS ANOS 50 E 60 NO BAIRRO DE SÃO JOÃO CLÍMACO

 

 

  

 

 

 

Os lixos gerados no dia/dia do Bairro eram recolhidos e transportados por carroças e carroções com caçambas metálicas com tração animal de três ou quatro burros(muares). A quantidade de utilização dos animais variavam de aocrdo com o acesso dos lugares do bairro.

Esses serviços eram administrados pela P.M.S.P. - Prefeitura Municipal de São Paulo-sub-sede no Bairro de São João Clímaco.

Os Coletores que enfrentavam essa atividade batizaram esse serviço de "Bater Lata", porque os lixos eram depositados em latas de 20 litros ou mais e ficavam expostas em frente às casas, esperando o recolhimento pelos trabalhadores. Para descartar o lixo de uma lata, eles "batiam a lata" na borda da caçamba metálica da carroça para não ficar nenhum resíduo no fundo.

Depois de alguns anos, foram introduzidos caminhões com a carroçaria de ferro, como se fosse uma caixa de ferro, com várias tampas para abrir em cima. Então, os coletores, abriam essas tampas, primeiro as que ficavam perto da cabine, e iam jogando o lixo... ,quando essa parte enchia, fechavam, e abriam a segunda parte, e assim, até encher o caminhão.

Todo o lixo coletado pelas carroças e depois, por caminhões, eram levados através de trilhas de terra batida que se iniciavam depois dos campos de futebol e descartados  em um local conhecido,  popularmente,  por esguicho. Esse esguicho, ficava entre a atual Avenida Almirante Delamare, Capital- S.P. e Avenida Guido Aliberti, S.C.sul,  do lado do Bairro São João Clímaco. Atualmente, nessa área,  existem instalações da Sabesp e, também, unidades hospitalares.

Nessa área do esguicho, existia um buraco enorme e profundo chamado, popularmente, de abismo.

A atuação operacional desse esguicho com forte jato d'água, era para derreter a terra dos barrancos dessa cratera e cobrir todo o lixo descartado com a terra a granel. 

 

 

 

Curiosidades

Os muares, mulas e burros, são animais híbridos resultantes do cruzamento de um jumento com uma égua, ou de um cavalo com uma jumenta. A mula é o indivíduo fêmea, resultante do cruzamento de um jumento com uma égua. O macho, resultante desse cruzamento, é chamado burro. Ambos pertencem à espécie denominada muar.

 

 

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MOBILIDADE URBANA 

 

 

Auto Viação São João Clímaco 

 

Anos 1950/1960/1970

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

As famílias que residiam na região careciam de infraestrutura, tendo em vista que não havia água encanada, energia elétrica e transporte público. Todo o cotidiano, desde compras até pagamentos de contas, levava seus moradores à vila mais próxima, o Sacomã, no Ipiranga, mais desenvolvida. Foi imprescindível que a primeira linha de transporte público passasse a servir ao bairro.

Em 1949, surgiu, então, a Empresa Auto Viação São João Clímaco após o desmembramento de uma linha ônibus de São Bernardo do Campo, ambas de propriedade do Sr. Frederico Alberto, que muito contribuiu para o desenvolvimento como Fundador da Empresa de Ônibus São João Clímaco.

Com a expansão da Empresa Auto Viação São João Clímaco, que fazia sede no Largo de São João Clímaco, a região proliferou, a expansão do comércio tornou-se notória, e o desenvolvimento e o progresso foram trazidos junto da Empresa para esta região, juntamente com uma grande oferta de empregos.

A Auto Viação São João Clímaco, chegou a ter aproximadamente 200 ônibus circulando pela Região.

Após a morte do Senhor Frederico Alberto em 1973, a Empresa continuou com a mesma garra do pioneirismo do Senhor Alberto, através de seu Sucessor e Filho,

Senhor Hermindo Alberto até 1983.

Devo destacar como precursor da Auto Viação São João Clímaco,  o Senhor José Angelino Araújo que na categoria de funcionário da Empresa, exercia a função de cobrador e era pessoa de confiança do Senhor Hermindo Alberto.

 

 

 

 


 

 

 

CURIOSIDADES 

 

OS BONDES NO BAIRRO DO IPIRANGA E NA REGIÃO CENTRAL DA CAPITAL DE SÃO PAULO

 

 

BONDE NA AV. D.PEDRO II NO IPIRANGA

RUMO A PRAÇA CLÓVIS

 

 

 

 

 

 

 

 

1968 – O ano em que o Bonde parou...

 

Corria o dia 27 de março de 1968 quando uma movimentação pouco usual agitava a capital paulista. O então prefeito municipal dirigia-se junto a uma grande comitiva de políticos, assessores e convidados para um evento de despedida: Aconteceria a última viagem de bondes da Cidade de São Paulo.

Tão populista como qualquer outro político, Faria Lima faria da derradeira viagem de bonde um evento festivo que seria comentado e lembrado por muito tempo. Afinal, lentos, problemáticos e deficitários os bondes não deixariam – naquele momento – saudades na grande maioria da população.

A ilustração abaixo, publicada no jornal O Estado de S. Paulo no dia seguinte à extinção do serviço de bondes, deixa claro que ninguém chorava pelo fim daquele modal:

Crédito: O Estado de S. Paulo

Os bondes foram planejados para serem extintos na gestão do prefeito anterior, Prestes Maia, entretanto dificuldades para a plena substituição do serviço de maneira eficaz atrasaram o projeto para o próximo mandatário.

Chegada a hora, a festividade agitou a Vila Mariana bem diante do prédio do Instituto Biológico, ponto inicial da então última linha sobrevivente de bondes da cidade, a ˝Instituto Biológico – Santo Amaro˝. Ao todo um cortejo composto de 12 bondes partiria dali até seu ponto final, com eventos previstos nas paradas do Brooklin e Piraquara, com chegada ao fim do trajeto prevista para às 20:00hs.

Crianças observam um bonde da janela de edifício na Avenida São João: Fim de uma era.

Para conduzir o bonde principal, onde o prefeito Faria Lima estaria a bordo, dois símbolos do transporte coletivo municipal: De um lado Francisco Lourenço Ferreira, o mais antigo motorneiro de São Paulo em atividade, do outro o mais jovem motorista de trólebus da cidade. Uma viagem repleta de simbolismos para justificar o fim do serviço: sai o velho, entra o novo.

Os bondes estavam todos enfeitados para a viagem final. Chegaram ao ponto do Instituto Biológico com luzes de enfeite, faixas e muitas bandeiras do Brasil em um evento que faria inveja a Odorico Paraguaçu. Ao chegar no Largo 13 de Maio em Santo Amaro o evento serviu de palanque não só para o prefeito, como também para vereadores paulistanos, deputados e até para o governador paulista.

 

 

˝Adeus, Nasce a Nova São Paulo˝

A frase acima estava presente em cada um dos doze bondes que fizeram o trajeto de encerramento, como que se fosse um mantra do progresso despedindo-se do passado e do que entendiam como atraso. Entretanto na Europa e nos Estados Unidos os bondes seguiam operando sem críticas da população. A grande diferença entre São Paulo e estas demais cidades do mundo que mantiveram os bondes funcionando não era a idade do serviço, mas a qualidade deles.

Bonde trafegando pela Avenida São João em meados da década de 50

O sucateamento dos bondes paulistanos, os problemas crônicos e as paradas constantes deviam-se muito mais a falta de investimento do que qualquer outro motivo. Os ônibus elétricos, anunciados pela prefeitura como grandes substitutos e símbolos da modernidade logo sofreram com o envelhecimento da frota e o sucateamento dos carros, tal qual seus antecessores. Alguns trólebus dos anos 1960 circularam aos trancos e barrancos até o início do século 21, na gestão da prefeita Marta Suplicy.

Hoje discute-se muito se aquela decisão de retirada dos bondes foi a mais acertada. Ou se o prefeito Faria Lima sucumbiu ao lobby do diesel e dos fabricantes de carroceria (a principal delas, a CAIO tinha fábrica no bairro da Penha). Correta ou não a decisão até hoje inspira pensamentos prós e contras.

Aos paulistanos restaram as lembranças, boas e más.

Bonde paulistano na década de 1940

Bibliografia consultada:

  • O Estado de S.Paulo – 27/03/1968 pp 12
  • O Estado de S.Paulo – 28/03/1968 pp 19
  • São Paulo Antiga – 25/01/2014 link
  • Folha de S.Paulo – 27/03/2018 Cotidiano B3
  • Ilustração do bonde: O Estado de S.Paulo 

 

 

 

1958

Fábrica de Parafusos METALAC

Via Anchieta Km 10

Bairro São João Clímaco 

Capital - São Paulo

 

 

 

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